Começaram nesta quinta-feira, 10 de agosto, as disputas da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), que está sendo realizada durante a Campus Party – Edição Bahia, na Arena Fonte Nova, sob a coordenação do SESI Bahia. Participam 450 competidores de escolas de ensino fundamental, médio e técnico, somando 114 equipes da Bahia. As disputas de robôs prosseguem até sábado, 12.8, com a premiação das equipes que irão para a etapa nacional da competição.
Para o representante estadual da OBR e coordenador de Robótica Educacional do Serviço Social da Indústria (SESI Bahia), professor Fernando Didier Andrade, o SESI, que por meio de sua rede de educação é um incentivador da a robótica educacional na Bahia e não poderia ficar de fora da Campus Party. “Estamos em um evento de tecnologia e o SESI entende que o ambiente de aprendizado tem que ser dinâmico, tecnológico, moderno, não poderia estar de fora e organizando a Olimpíada Brasileira de Robótica na Bahia, “destaca.
Fernando Didier ressaltou a experiência enriquecedora para as mais de 450 crianças e jovens que participam da competição de poderem fazer parte deste ambiente de construção da tecnologia na prática. As disputas de robôs vão acontecer em dois níveis, o primeiro somente com estudantes do ensino fundamental e o outro com os do ensino médio e de escolas técnicas, bem como equipes independentes que gostam de robótica. Todos os competidores têm que programar e construir o próprio robô para que ele cumpra missões de resgate.
O SESI Bahia, que há 11 anos adota a robótica educacional nas suas escola, participa da OBR com equipes das escolas do SESI Itapagipe, Retiro e Luís Eduardo Magalhães.
INTERCÂMBIO
O coordenador nacional da OBR no Brasil, Rafael Arouca, esteve presente à abertura da Olimpíada e destacou a importância do apoio do SESI na realização do evento, que trouxe várias inovações na infraestrutura da competição – novas mesas de competição e leiaute - que ele pretende replicar nacionalmente. Mas o mais importante destacado por ele é a experiência dos participantes. “A OBR é uma olimpíada científica e os estudantes estão tendo uma oportunidade muito legal, já que mistura escolas públicas e particulares, cursos técnicos, proporcionando um momento de troca de conhecimento e experiências em robótica entre eles”.
Arouca lembrou que o evento valoriza a nova cultura maker, que estimula o uso de novas tecnologias para a construção de robôs, valorizando o improviso e a criatividade. “Outra coisa muito positiva é o feedback dos alunos de que a participação no evento abre os horizontes e os ajuda a pensar na carreira, além de ser uma oportunidade de conhecer mais tecnologia e resolver problemas com programação, já que os robôs são autônomos”, acrescentou.
EXPERIÊNCIAS
O estudante da Escola José Cardoso de Lima, do município de Luís Eduardo Magalhães, John Lucas Alves da Silva, de 14 anos, estava empolgado de poder realizar sua primeira viagem a Salvador e participando da OBR, na Campus Party. “A algum tempo atrás a gente não imaginava que iria construir um robô. Agora, a gente não só construiu um robô, como viemos para um evento de tecnologia. Está sendo ótimo”, conta John Lucas.
Ele contou com o apoio do SESI para participar da competição, que cedeu um kit de robótica educacional para que eles conseguissem fazer parte da competição. “Ajudou muito, porque seria impossível a gente fazer o robô com o material que a gente tinha. O mais interessante é que a gente teve que aprender sozinhos a montar o robô, pois até nosso professor não conhecia o kit mais novo e, em 2 meses, conseguimos estar prontos e estar aqui”, arremata John.
Equipe Evolução, da Escola José Cardoso de Lima, do município de Luís Eduardo Magalhães.
Para Gustavo Vinícius de Almeida Ribeiro, 14, da Equipe Invictus, da Escola SESI Itapagipe, a experiência de participar da Campus Party estava sendo maravilhosa. “Já participei de torneios de robótica e o interessante aqui é que tem uma grande diversidade”, citando a oportunidade de poder conhecer de perto a tecnologia de criação de games.