Três trabalhos do Programa de Iniciação Científica Junior da Escola SESI Djalma Pessoa, de Salvador, estão inscritos na
Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (Fenecit), que foi aberta nesta terça-feira, 19.09, e prossegue até sábado, 23.09, em Recife (PE).
A Fenecit é uma feira científica voltada para o ensino médio, com a participação de escolas de países da América Latina, Este ano, além de escolas públicas e particulares de todo o Brasil, também estarão presentes representantes de escolas do México, Peru, Argentina e Uruguai.
Os projetos levados a Pernambuco fazem parte da linha de pesquisa Ambiente Vivo, na qual os estudantes desenvolvem pesquisas socioambientais. Uma delas é o Chorume do Bem: Fertilizante e Pesticida Natural, desenvolvida pelas alunas Marcela Talita Rodrigues das Mercês e Mariana Santana Falcão Maia, do 3º ano do ensino médio.
As estudantes identificaram que o chorume, que resulta da compostagem do lixo orgânico produzido pelos refeitórios e cantina da Escola Djalma Pessoa, pode ser usado para produzir fertilizante e pesticida para a horta escolar e também ser doado à comunidade para uso em hortas caseiras.
Foto: Arquivo pessoal
A estudante Yasmim Thasla Santos Ferreira, do 3º ano do ensino médio da Escola SESI Djalma Pessoa apresentará a pesquisa Vivências e Experiências na Horta Escolar como Ferramentas Didáticas: Caso Escola Sesi Djalma Pessoa. Aluna do 3º ano do ensino médio da escola, ela propôs utilizar a horta escolar como ferramenta didática para as aulas da disciplina de biologia. Com isso, planejou e executou ações que propiciaram aos professores de Biologia da instituição trabalhar o conteúdo de ecologia em um ambiente afetivo, alternativo, verde e dentro da escola.
Os estudantes Matheus Aguiar e Thiago Barreto. Foto Arquivo pessoal
O terceiro projeto enviado pela Escola Djalma Pessoa à Fenecit tem como título: O efeito do volume das pet’s e dos substratos no desenvolvimento de plântulas de barbarea verna e eruca sativa, desenvolvida pelos alunos, Matheus Malta de Aguiar, do 3º ano do ensino médio, e Thiago da Mata Barreto, do 2º ano do ensino médio. Com a proposta da linha de Pesquisa Ambiente Vivo, de fomentar hortas caseiras para a comunidade escolar e a comunidade no entorno da instituição, os alunos resolveram pesquisar qual o recipiente e substrato ofereciam melhor relação entre custo e benefício, acessíveis a todas as classes sociais. Foram escolhidas as garrafas pet e testados diversos substratos, até chegarem a um formato de pet e substrato de menor valor e maior eficiência para a produção de hortaliças em casa.
Yasmim Ferreira apresenta estudo sobre a horta escolar.
De acordo com a professora Loraine Dias, coordenadora do programa Ambiente Vivo, para os alunos de ensino médio, trabalhar com pesquisa ainda na escola, possibilita o desenvolvimento crítico acerca das problemáticas do mundo, colocando-os como coparticipantes das decisões sociais locais, além de torna-los autônomos para o estudo.
As pesquisas realizadas na linha de pesquisa Ambiente Vivo são orientadas pelos professores de ciências biológicas da Escola SESI Djalma Pessoa, que além de Loraine Dias, também inclui Marcelo Barreto e Maurício Bandeira. Em dois anos, o grupo já produziu, 17 artigos científicos publicados em anais de eventos e revistas científicas, obteve duas premiações em eventos científicos e promoveu cursos e workshops sobre a experiência em escolas públicas de Salvador.