O Serviço Social da Indúntria (SESI) apresentou nesta sexta-feira (24.08) a lideranças e executivos sindicais os detalhes do
programa SESI Viva+, que vai auxiliar as empresas industriais a fazer a gestão do eSocial e dos programas e serviços voltados para a área de Segurança e Saúde no Trabalho. A fiscalização das empresas vai ser passar a ser mais rigorosa, a partir de janeiro de 2019, com a obrigatoriedade da prestação das informações de saúde e segurança no trabalho por meio do eSocial. Atualmente, apenas 3% das empresas passam por fiscalização. Com o e-social, passarão a ser fiscalizados 100% dos empreendimentos.
O SESI Viva+ é uma plataforma online de gestão que o SESI está implantando. “Será uma autofiscalização, porque é a empresa que vai enviar suas informações”, informou a gerente de Saúde e Segurança no Trabalho do SESI, Maria Fernanda Lins. Ela salienta que uma informação não enviada ao governo ou enviada de forma incoerente pode gerar multas. E uma multa gerada em um Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT), por exemplo, pode chegar a R$ 23.313,00.
Fernanda ressalta que a plataforma do SESI vai ajudar as empresas no envio das informações e, principalmente, na gestão da SST. Ver quais são os gargalos, onde tem mais impacto, onde elas podem melhorar para reduzir os seus riscos legais, buscar reduzir o passivo trabalhista, a questão das multas, vai ajudá-la a ter um painel de bordo para identificar onde estão os principais problemas, para que ela não fique exposta a penalidades.
“O nosso carro-chefe não será mais prestar serviços pontuais. Vamos fazer a gestão, com foco no eSocial, buscando mitigar ao máximo o risco de problemas dessa natureza”, afirmou o superintendente do SESI Bahia, Armando Neto. Ele destacou que essa ferramenta é uma forma muito mais robusta e ágil de se fiscalizar as empresas. Disse que o SESI VIVA+ foi maturado por mais de um ano e salientou que o SESI Bahia é referência nacional para o eSocial, tanto em termos de modelagem do programa quanto à sua gestão. “A Bahia é o estado que mais tem contribuído com o SESI Nacional na montagem desse projeto”, avalia o superintendente.
O presidente do Sindicato da Indústria do Calcário (Sindical), Sérgio Pedreira, considera o programa muito interessante porque oferece soluções para empresas de todos os portes, de micro a grandes. “Principalmente porque faz a gestão plena do sistema, analisa as inconformidades, o que provavelmente em outro sistema não vai existir. É uma ferramenta que o SESI está proporcionando ao setor industrial de grande utilidade”.
A opinião de Pedreira é compartilhada por outros líderes da indústria. “O programa é muito interessante. Isso deve ser divulgado aos sindicatos para que seus associados possam aderir”, diz o presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Químicos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia (Quimbahia), João Augusto Tararan.
O presidente do Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia (Simprocim), José Carlos Soares, considera que cada vez mais se torna necessário esclarecer o empresariado sobre essa nova obrigação legal. “Tanto a Federação quanto os sindicatos têm um papel importante nisso. A empresa, no momento econômico que estamos vivendo, acaba até deixando passar despercebido a questão dessas obrigações. Quanto mais se falar, quanto mais se articular, quanto mais se divulgar, estaremos contribuindo para que as empresas se capacitem. Essa ação, através do SESI, é imprescindível” , afirma o presidente do Sinprocim.