Salvador ganha novo Centro Cultural do SESI com Teatro e Museu Tecnológico. Espaço será inaugurado no próximo dia 23 de novembro e previsão é de que seja aberto ao púbico a partir do dezembro.
Um espaço para aprender, se divertir e interagir. Esta é a proposta da Estação Ciência, o novo museu interativo de Ciência e Tecnologia que o Serviço Social da Indústria (SESI Bahia), por meio da Gerência de Educação e Cultura, inaugura na quarta-feira, 23.11, em Salvador. A Estação Ciência faz parte do Centro Cultural SESI Casa Branca, o mais novo espaço cultural de Salvador, localizado na Avenida Tiradentes, 1954, na Península de Itapagipe, na Cidade Baixa.
Integram ainda o Centro Cultural Casa Branca a Varanda da Casa Branca - espaço para apresentações artísticas e eventos corporativos –, a Sala Letieres Leite –, um miniteatro com capacidade para 127 lugares e a Praça da Ciência, dotada de vários experimentos ao ar livre, que exploram conceitos da física, além de uma geodésia, que reproduz estrelas e constelações do céu noturno de Salvador.
Sede também da Orquestra Jovem SESI, o Centro Cultural SESI Casa Branca faz parte do complexo de educação, esportes e lazer do SESI de Itapagipe, que foi a primeira unidade do Sistema Indústria na Bahia, no bairro onde a indústria baiana começou a se consolidar.
Para viabilizar o projeto, foram investidos R$ 14 milhões em recursos próprios do SESI Bahia, incluindo as obras de requalificação do casarão, a construção dos novos espaços – Sala Letieres Leite e Praça da Ciência –, e a implantação do museu tecnológico.
De acordo com o superintendente do SESI Bahia, Armando da Costa Neto, além da preservação patrimonial do Solar dos Machado, o SESI alinhou outros dois aspectos da sua missão ao realizar este investimento: promover Educação e fomentar a Cultura.
“Procuramos aproveitar o espaço para contribuir para o processo de aprendizado dos estudantes baianos, construindo a Estação Ciência, pensada na perspectiva da educação científica e tecnológica. A ideia é, a partir de um experimento lúdico, despertar o gosto pela aprendizagem a partir da experimentação científica e da tecnologia”, explica Armando Neto.
“O Centro Cultural SESI Casa Branca ficou muito bonito, foi feito com muito carinho e a gente espera que a sociedade baiana venha usufruir deste espaço”, acrescenta o superintendente do SESI Bahia.
ESTAÇÃO CIÊNCIA
Espaço que inspira modernidade e insere a região no circuito da programação cultural de Salvador, a Estação Ciência, foi concebida sob a curadoria da museóloga e historiadora Heloísa Helena Costa, também conhecida como Helô da Paz, um apelido que ganhou do escritor e cartunista Maurício de Souza.
Ela reuniu uma equipe de especialistas e pesquisadores de diversas áreas do conhecimento para criar um museu interativo de Ciência e Tecnologia. A concepção da Estação Ciência parte da ideia de que Salvador é uma cidade soberana, tem uma história importante na formação do Brasil, mas ao mesmo tempo se moderniza sem esquecer os ícones do passado, como explica Heloisa Costa.
A proposta é proporcionar ao visitante uma viagem pelos grandes experimentos que marcaram a humanidade, sempre tendo Salvador como referência, utilizando recursos avançados, como tecnologia 3D, touchscreen e realidade virtual, além de experimentos lúdicos e interativos voltados para a ciência.
A Estação Ciência também presta homenagem a expoentes baianos ou radicados na Bahia em diversas áreas de conhecimento, da Medicina, passando pela Música, Ciências e Geografia, a exemplo de Teodoro Sampaio, Milton Santos, Bautista Vidal, Diógenes Rebouças e o psiquiatra Antonio Nery Filho, dentre outros.
SÍTIO ARQUITETÔNICO
Localizado na Península de Itapagipe, o espaço cultural ocupa a área de entorno do Solar Machado, pérola arquitetônica do Caminho de Areia do início do século 20, e faz parte do complexo de educação e esportes do Serviço Social da Indústria, SESI Bahia, onde funcionam a Escola SESI Comendador Bernardo Martins Catharino e o Centro de Esportes do SESI Itapagipe.
O Solar Machado - que pertenceu à família do industrial português Manuel Machado e mais tarde viria se unir à família Martins Catharino - passou a abrigar o SESI, a partir dos anos 1970, quando foi alugado para instalação de um Centro de Artesanato.