Ex-aluno do SESI Bahia ganha bolsa inédita para uma das universidades mais prestigiadas dos EUA

Educação

Aos 18 anos, Juan Teles é o o primeiro brasileiro a receber a bolsa King Scholar, disputada por 50 mil pessoas para estudar na Universidade Dartmouth, uma das mais prestigiadas dos Estados Unidos

Juan Teles, em 2022, quando ainda era aluno do SESI Bahia Foto: Glberto Jr./Coperphoto/Arquivo Sistema FIEB/17.07.2022

Ele deve ser o mestre das bolsas de estudo. Já contamos aqui a história do Juan Teles, o ex-aluno do SESI Bahia que já foi do New York Times ao ensino médio na Polônia por meio de bolsas. A próxima parada do estudante de 18 anos é nada mais nada menos do que a universidade Dartmouth, uma das seletas integrantes da Ivy-League, a liga das oito mais prestigiadas instituições de ensino superior dos Estados Unidos. Ele é o primeiro brasileiro a receber a bolsa King Scholar, disputada por 50 mil pessoas.  

A seleção garante US$ 375 mil (mais de R$ 1,8 milhão) para cursar o ensino superior na universidade. A bolsa cobre ainda passagem, visto, equipamentos eletrônicos, livros, um auxílio moradia mensal de US$ 1 mil e uma força de US$ 10 mil para enriquecimento acadêmico, que pode ser usado para custear formações adicionais.  

Até o momento, Juan quer estudar economia e seguir carreira na diplomacia. “Também quero fazer dupla graduação em economia e governo e uma subespecialização em estudos latino-americanos, que é realmente focado em diplomacia”, afirma.  

Auxílio para voltar pra casa e fazer o que mais ama: pesquisa!  

King Scholar da Dartmouth financia o desenvolvimento de projeto de pesquisa no país de origem do aluno. Isso garante a Juan um semestre de volta ao Brasil para fazer uma pesquisa acadêmica relacionada à área de estudos. “Sempre disseram que fazer pesquisa foi o que me tornou destaque para ser aceito nas bolsas. Com certeza, ser pesquisador mudou minha vida e quero continuar a fazer isso”, explica o bolsista. 

Outro benefício é um auxílio viagem para Nova York, São Francisco e Washington, onde os bolsistas se reunirão com autoridades de organizações internacionais, como Banco Mundial e Organização das Nações Unidas (ONU). 

Como um King Scholar, Juan começará o ano letivo participando de um programa de liderança específico para os selecionados. Pela bolsa, o estudante também terá acesso à estágio e outros programas de desenvolvimento acadêmico.  

De NY para Polônia e voltando aos EUA! Juan viaja o mundo com bolsas estudantis 

Colecionando 33 bolsas acadêmicas nacionais e internacionais, o seu maior desejo sempre foi conhecer o mundo. Foi com esse foco, que Juan aprendeu sozinho três línguas, liderou projetos de pesquisa e recebeu muito prêmios acadêmicos. 

Uma das grandes conquistas do estudante foi a bolsa de 100% para um programa de verão no NY Times. Depois, ganhou mais de R$ 500 mil na Akademia High School, em Varsóvia (Polônia), onde recebeu uma vaga para concluir o ensino médio em uma das melhores escolas da Europa. Foi na Polônia que Juan teve a oportunidade de desenvolver ainda mais seu currículo, participando de cursos em universidades de peso, como a Yale University. 

Além da bolsa em Dartmouth, o estudante também recebeu vaga para graduação na Babson College (Massachusetts, EUA), com 95% de bolsa, na Bard College Berlin (Alemanha), com 100% de bolsa e uma vaga na Stetson University (Flórida).  

O segredo para conquistar tantas bolsas, nas palavras de Juan, foi ter estudado no SESI-BA. “Na minha aprovação de Dartmouth, ficou claro que o boletim de maior peso foi o do SESI e isso me deixa muito feliz de ter feito parte dessa escola. Foi lá que tudo começou”, diz o estudante.  

Por que as sardinhas mudaram a vida do Juan?  

Assim que entrou no SESI-BA, Juan começou a participar do grupo de pesquisa SMOTES (Sistema de Monitoramento do Tempo e Estudos Socioespaciais), onde se tornou bolsista pelo programa de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Juan diz, com muito orgulho, que participar de pesquisa é considerado o seu grande diferencial acadêmico.   

O projeto foi dividido em duas frentes: solução econômicas e visibilidade às realidades sociais. Foi no Porto de Sardinhas, da Bahia, que o estudante conheceu a história de mais de 2,7 mil mulheres tratadoras de sardinhas, que trabalham mais de 12 horas para tirar um sustento que pode nem chegar a um salário-mínimo.   

O projeto contou com uma parceria com o SENAI CIMATEC e tinha o objetivo de encontrar uma solução para o resíduo do manuseio das sardinhas, que, segundo Juan, pode chegar a 10 toneladas diárias. O grupo desenvolveu uma farinha proteica para ser utilizada pela indústria PET, na composição de rações, além de outras soluções para os resíduos que podem ser convertidas à renda das tratadoras.    

Da Agência de Notícias da Indústria

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